domingo, 20 de dezembro de 2009

Para sempre!

- Será que existe o para sempre?
- Existe, porque agente é para sempre!
- É, agente é para sempre!

Tenho em mim uma vida contigo,
Um caminho percorrido de braços dados,
Um amor incontrolado e desesperador,
Cumplicidade plena!
Assim nos deparamos com a eternidade
Eternidade inscrita nos teus olhos,
Que me olham com olhar entendido:
Me aprovam e reprovam,
Refletem no colorido dos meus.
Não sei explicar, nem ao menos escrever,
Vivo, sinto, troco, experimento...
Tua beleza sempre me encantou,
Teu coração me abraça,
Sinto orgulho de você... até mesmo nos tropeços!
Meus olhos brilham contigo,
Minha alma de criança madura resplandece
Ao te olhar e acreditar no para sempre...
Sim, existe o para sempre,
Porque agente é!

Para Maria Fernanda
(Luiz Pires)

sábado, 19 de dezembro de 2009

Carrocel partido

Coração aberto em chamas,
Vento suave batendo no peito,
Dor arredia aos solavancos,
Carne suculenta em desejos,
Braços perdidos em abraços,
Sol latente no leito.

Dor de um dia que não acabou,
passou, passou e não partiu,
se foi um pedaço, ficou o caroço.

Palavras perdidas sem nexo,
Revira na cama de letras.
Corpos suados sem sexo.

Vida suada perdida,
carrocel de encantos certeiros,
partiu ao meio e quebrou!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Anjo amarelo

Acredito em anjos!
Anjos que fazem a vida mais bela!
Anjos coloridos que enfeitam a minha árvore de natal!
Anjos barrocos, pós-modernos, renascentistas e contemporâneos!
Anjos vivos, imaginários, sonhados, teletransportados!
Anjos permanentes, transitórios, independentes, corriqueiros!
Anjos cuidadosos, carentes, amigos, amantes!
Anjos de pedra, de barro, de metal, de carne!
Anjos me rondam o tempo todo, quando quero e quando não!
Anjos me protegem mas as vezes me colocam em perigo!
Anjos me amam, mas as vezes parecem me odiar!
Anjos da vida, do caminho, do percurso, dos natais!
Anjos de leite com chocolate, chá de hortelã, doces!
Anjos... anjos... anjos...
Acredito em anjos: o que pode ser um mal ou a maior beleza da vida!
Dos tantos anjos, olho minha árvore de natal e vejo bem na ponta um anjo amarelo que me faz sonhar...
Quanto aos sonhos, fica para um outro poema, para uma outra vida, para um outro natal!

(Luiz Pires)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mar de diamantes

A vida avança em um mar de diamantes, felicidade sem limites bate na porta do meu quarto querendo entrar e me levar com ela para um lugar que não conheço, o céu ecoa na beleza da manhã de segunda-feira, cansado porém leve vou, ando em direção do nada, abismo cruel e belo que invade o calor do meu coração, me vejo humano em todas as minhas características, a brisa e o vento competem para me conquistar, o sol e a neve se deixam apaixonar, a vida certeira se descobre incerta e lenta, porém o fogo interior e infinito da alma a transforma em certa e agitada, o tempo se difere nas relações, o amor cavalga por entre vastas campinas dos dias ensolarados e cinzentos de outono que se confunde com as outras três estações, caminho ando corro, vivo a leveza do olhar do pássaro que me fita, aceito todos os convites que me fazem, brinco de cantarolar sonetos, todos os que me envolvem no mar, no mar que vou ao fundo em busca da felicidade sem limites que me chama a todo tempo, vou vou e vou cada vez mais, até me afogar em meio a diamantes, deste mar de ilusão-real que me assusta invade preenche, coração jovem que transborda e continua sedento para continue vivendo, desejando, sonhando, amando, sendo feliz, enriquecendo a alma com diamantes de vida afogados no mar da primavera que embeleza a tarde de outubro e canta sem parar as mais belas canções inventadas no coração ritimado e falante.